Ensaios clínicos: Biomarcadores na EA

A introdução de medicamentos  biológicos, como os agentes anti-TNF-α (infliximab, etanercept, adalimumab, golimumab e certolizumab) e anti-IL17A (secukinumab) alterou a prática clínica com diversos benefícios na gestão e prognóstico dos casos clínicos.

No entanto, apesar de a maioria dos doentes com Espondilite Anquilosante responder bem a estas terapias, a resposta parcial continua a ser frequente. Identificar marcadores de resposta ao tratamento seria de grande benefício clínico, por permitir selecionar o fármaco de acordo com a probabilidade de reposta terapêutica. Esta possibilidade apresenta economia de tempo e de recursos.

O ensaio clinico intitulado “Identificação de biomarcadores da eficácia de um agente anti-TNF-α em doentes com Espondilite Anquilosante usando análise de transcriptoma e espectrometria de massa” tem como objectivo identificar biomarcadores de resposta a Anti-TNF α por estas duas técnicas em doentes com Espondilite Anquilosante.

Para este ensaio são elegíveis doentes com diagnóstico de Espondilite Anquilosante (EA) e com critérios para início de terapêutica Anti-TNF (Guidelines da SPR). Uma vez avaliados os critérios de inclusão e exclusão, os doentes são seguidos durante 14 semanas, período durante o qual são tratados com adalimumab.

Este estudo conta com a colaboração de 9 centros de Reumatologia a nível nacional e, na presenta data, estão envolvidos 41 doentes e 22 profissionais de saúde (médicos e enfermeiros). Os centros que actualmente colaboram neste estudo são: Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de São João, EPE – Hospital de São João, Centro Hospitalar de Tondela Viseu, Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Médio Tejo – Hospital de Torres Novas, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia, Instituto Português de Reumatologia e Unidade Local de Saúde do Alto Minho.

Aos participantes deste ensaio é aplicado, em cada consulta, o protocolo existente no Reuma.pt para as espondilartrites, acrescido apenas do formulário BASG.

No final do estudo, será efectuada a avaliação das respostas dos doentes participantes e a sua comparação com os dados obtidos através da análise do transcriptoma e da espectrometria de massa.

Na próxima newsletter faremos o habitual balanço de final do ano. Terminamos esta edição com votos de boas entradas em 2017 e um feliz ano novo para todos os leitores da newsletter Reuma.pt.