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Reuma.pt Sociedade Portuguesa de Reumatologia

Janeiro 2015

Tratamentos com biológicos

Na próxima semana, mais precisamente a 12 de Fevereiro, completam-se 7 anos após a cerimónia pública de lançamento do Reuma.pt. Um dos motivos que levou ao desenvolvimento desta plataforma foi a necessidade de garantir a utilização adequada dos fármacos biológicos, estabelecendo critérios de rigor para início e manutenção do tratamento e monitorizando a sua segurança (eventos adversos). Nesta newsletter faremos uma breve caracterização da utilização destes fármacos, com base nos dados registados no Reuma.pt.

No final de 2014, como ilustrado no gráfico com o n.º de biológicos activos abaixo apresentado, 6 fármacos biológicos destacam-se dos restantes: Etanercept, Adalimumab, Infliximab, Golimumab, Tocilizumab e Rituximab. No entanto, no ano de 2014, foram registados tratamentos com 3 novos biológicos (Certolizumab, Denosumab e Ustecinumab), elevando para 13 o n.º de diferentes terapêuticas biológicas utilizadas no tratamento de doentes reumáticos. Refira-se ainda o início de tratamentos com biossimilares do Infliximab.

Bios Reuma.pt

Dos 12122 doentes registados no Reuma.pt, 3173 (26,2%) estão a efectuar tratamento com terapêutica biológica, havendo ainda 523 doentes (4,31%) que já efectuaram tratamento com biológicos, mas que deixaram de o fazer.

Relativamente aos doentes com biológico activo, 65,6% são do sexo feminino e 24,4% do sexo masculino. No quadro seguinte, apresentamos alguns outros indicadores relativos a doentes com biológico activo:

 
Indicador Média DP N
Idade actual (anos) 49,99 16,34 3173
Peso actual (Kg) 68,51 19,53 2125
Duração da doença até início do biológico (anos) 10,82 9,22 2707
Duração da doença até actualidade (anos) 16,33 9,97 2707
 

Do total de doentes expostos a biológicos, 26,9% já fizeram mais do que um fármaco biológico, sendo que a maioria destes doentes (cerca de 68,9%) apenas trocou uma vez de terapêutica biológica.

No entanto, de todas as terapêuticas biológicas iniciadas, 38,2% foram suspensas. Destas, como podemos verificar no quadro seguinte, a ineficácia do medicamento foi a principal razão para a suspensão do tratamento (56,7% das suspensões). Destaca-se também o facto de 23,8% das suspensões terem sido devidas a efeitos adversos, entre os quais 10 casos mortais.

Indicador Valor Pct.
Total de terapêuticas suspensas 1962 38,2
Total de terapêuticas suspensas devido a efeito adverso 467 23,8
Total de terapêuticas suspensas devido a recusa por parte do doente 22 1,12
Total de terapêuticas suspensas devido a ineficácia 1113 56,7
Total de terapêuticas suspensas devido a perda de seguimento 21 1,07
Total de terapêuticas suspensas devido a morte 10 0,51
Total de terapêuticas suspensas devido a gravidez 7 0,36
Total de terapêuticas suspensas devido a remissão 34 1,73
Total de terapêuticas suspensas devido a cirurgia 21 1,07
Total de terapêuticas suspensas devido a outras razões 363 18,5
 
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