Newsletter #10 Outubro 2022
Reuma.pt
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A nova área do doente Reuma.pt

No passado dia 13 de outubro, no âmbito do XXIV Congresso Português de Reumatologia, foi disponibilizada online a nova área dos doentes Reuma.pt para a artrite reumatoide que contou com a colaboração da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR) e a Associação Nacional de Doentes com Artrite Infantil (ANDAI).

Os objetivos desta remodelação são os de aumentar o registo de Patient Reported Outcomes (PROs); melhorar a comunicação entre o profissional de saúde e o doente e tornar a área dos doentes numa ferramenta útil para a autogestão da doença. Podem espreitar aqui a nova área do doente Reuma.pt.

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… o médico assistente é quem dá acesso ao paciente à área do doente remodelada
O Reuma.pt é uma ferramenta de comunicação entre o médico e o doente. Para que o doente possa aceder às funcionalidades disponíveis na nova área do doente e preencher os questionários pré-consulta, é necessário que o médico reumatologista assistente conceda a sua autorização. Esta autorização é concedida através da área do profissional de saúde, tal como exemplificado na imagem ao lado. Um doente sem senha de acesso pode preencher os questionários, mas não terá acesso aos dados das consultas partilhados pelo seu médico.
 
Reuma.pt no XXIV Congresso Português de Reumatologia

A XXIV edição do Congresso Português de Reumatologia decorreu no Palácio de Congressos do Algarve – Albufeira, entre os dias 12 e 15 de outubro de 2022. Este ano foram apresentados 19 trabalhos (8 comunicações orais e 11 pósteres) cujos dados resultaram de projetos submetidos ao Reuma.pt! Abaixo destacamos os trabalhos apresentados sobre a forma de apresentação oral:

Os resultados deste estudo mostram que para o diagnóstico de arterite de células gigantes, a avaliação das artérias subclávias em conjunto com a avaliação das artérias temporais (TAs) e axilares (AXs) aumentou a sensibilidade diagnóstica do ultrassom de 99% para 100% quando comparado com ecografia apenas das TAs e AXs.

Na coorte de 229 doentes com miopatias inflamatórias idiopáticas registados no Reuma.pt o envolvimento pulmonar e anticorpos anti-SRP foram identificados como fatores de risco de envolvimento cardíaco.

Na coorte de 984 doentes com esclerose sistémica registados no Reuma.pt o sexo masculino, envolvimento esofágico e positividade para os anticorpos anti-Pm/Scl ou anti-U1RNP foram associados ao diagnóstico de miosite.

Os autores avaliaram o reporte de efeitos adversos nos doentes do Reuma.pt com registo de vacinação contra o SARS-CoV-2 e verificaram que os efeitos adversos graves e infeções pós-vacinação foram reportados infrequentemente nos doentes com artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilartrite axial, espondilartrite periférica e gota ou outras artrites cristalinas. As vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 apresentam um bom perfil de segurança em pacientes com doença inflamatória articular.

Utilizando uma amostra de 454 doentes com artrite psoriática registados no Reuma.pt e que falharam o primeiro inibidor de TNF os autores verificaram que as estratégias “cycling” ou “swapping” são ambas aceitáveis uma vez que as taxas de retenção são similares. Estudos adicionais envolvendo um maior número de pacientes são necessários para avaliar a sobrevivência em subgrupos de pacientes com diferentes manifestações extra-articulares e diferentes subtipos de artrite psoriática.

Neste trabalho os autores descrevem as características dos doentes registados no protocolo de miosites do Reuma.pt e verificaram que o protocolo capturou de forma adequada as principais características dos doentes com miopatias inflamatórias. Este primeiro estudo revelou uma população heterogénea com envolvimento frequente de músculos, articulações, pele e pulmões. Na última consulta de “follow-up” os pacientes tinham baixa atividade de doença.

Neste estudo, que utilizou 94 doentes registados no Reuma.pt os autores verificaram que o diagnóstico com lúpus eritematoso sistémico foi identificado como um preditor independente de hospitalização após infeção por SARS-CoV-2. Embora a doença ligeira predominasse, os autores sugerem que estes doentes devem ter um seguimento mais apertado durante os quadros de infeção.

Este estudo utilizou 186 doentes com o diagnostico espondilartrite e reforça que identificou uma elevada variabilidade entre avaliações globais da atividade de doença efetuadas pelo doente (PtGA) e pelo médico (PhGA). Os autores verificaram que comorbilidades, situação laboral e outros fatores que não se encontram diretamente relacionados com a doença são determinantes na perspetiva do paciente sobre a sua avaliação global da doença. Por outro lado, critérios mais objetivos como articulações tumefactas e aumento dos níveis de proteína C reativa predominam na avaliação global da doença efetuada pelo médico.

 
Para quaisquer informações adicionais, o nosso endereço de correio electrónico é:
reuma.pt@spreumatologia.pt